-Oh! Olha o circo!
Disse ela sem pensar.
-Anda cá, Chico!
Vêm todos a rodopiar!
-Deixa-me em paz, Mariana!
Respondeu ele, vidrado
-Estás a pensar na Ana?
Disse ela, virando-se para o lado.
-Não estou nada!
-Estás sim!
-Está calada,
Ou não respondo por mim!
-Deixa de pensar nela,
E vem ver o Circo passar!
Debruça-te na janela!
Olha aquelas! Já estão a brincar!
-Palhaços e mágicos
No mais puro divertimento
Nenhuns são trágicos.
Nenhum é agoirento.
-Não consigo, Mariana!
Não consigo ver!
-Estás cego?!
Consegues-te mexer?!
-Não é nada disso, linda!
Eu estou bem!
Só não consigo deixar de pensar
Nas qualidades que ela tem!
-Desculpa Chico,
Mas isso é doença!
Não brinques comigo!
Ou eu choro como uma criança!
-Se é uma doença,
Não a consigo descrever
Não vejo nada à minha volta
Nem me apetece bater!
-Não tenho febre,
Mas sinto-me como tal.
Em seguida, corro como uma lebre
Para depois me sentir mal.
-É amor, não há dúvida!
Disse Mariana, preocupada
Se pensas muito nela,
Ainda levas uma canelada!
-Ai és assim, sua parva!
Da próxima não te conto nada!
Vai ver o Circo, vai!
Sua criança mimada!
sexta-feira, 20 de abril de 2007
Doença do Amor
Pensada por Fernando d'Almeida no dia 4/20/2007
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