Dia após dia fui escrevendo
E esqueci-me o que era sofrer!
Textos, cartas, por vezes, contos
E poesia, que me ajudava a viver.
Não sei como fazia tal coisa
Escrevia palavras sem pensar em tais...
Fui escrevendo, fui sofrendo!
E dia após dia escrevia mais
Era isso que eu criava
Palavras de ódio, mágoa, rancor...!
Não sabia que algo faltava.
E todos os dias perdiam cor...
Depressa me esqueci delas
Mas delas nunca abria mão!
Parei de escrever no entanto
Porque me apertavam o coração
Feliz eu não estava
Só parei de sofrer...
E novamente palavras
Comecei a escrever
Percebi que estava errada
Até palavras te podem magoar!
Então, porque as tornei transparentes
Se todos os dias as podia pintar?
Deixei medo e mágoa.
Troquei ódio por amor!
Fui pintando com confiança
E a pouco e pouco retomaram a cor
Achei que a saudade as esbranquiçava
Mas apenas as tornava mais intensas!
Carinho e amizade não bastavam
Algo faltava,e palavras éram imensas!
Exprimentei um pouco de alegria
E loucura não podia faltar!
Com curiosidade e triunfo
Completei o verbo amar
A base estava pronta
Podia recomeçar a escrever!...
Colori todas as palavras
E com cor recomecei a viver!
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quarta-feira, 18 de abril de 2007
Palavras
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2 maneiras de ver a coisa:
Ta fixe assa poesia! kom muita emoçao, sim sra!
Simplesmente lindo! É, de facto, extraordinário o poder das palavras e a maneira como nos afectam (ou, por vezes, tentam camuflar aquilo que sentimos). Está lindo, Laura, adorei!
Bjs
Sofia
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