Não meças o amor pelo tempo que dura;
Ontem amei-te mais nessa hora tão ligeira
Senti o maior prazer, gozei maior ventura,
Do que se ao pé de ti passasse a vida inteira.
Deixa que esta paixão termine com o dia,
Efémera cecém nascida à madrugada,
E que ao cair do sol, nessa hora de poesia,
Deixou pender no chão a fonte desfolhada.
Fiquemos sempre assim, um ao outro ignorados
Nestas vagas regiões duma paixão nascente.
Sigamos cada um caminhos separados;
Com uma hora de amor a alma é já contente.
Júlio Dinis
quinta-feira, 7 de junho de 2007
C.
Pensada por Fernando d'Almeida no dia 6/07/2007
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 maneiras de ver a coisa:
Enviar um comentário