Se calhar, fazes de mim uma pessoa melhor. Fazes-me crescer, chegar à tua idade, à tua maneira de pensar. Deixo, aos poucos, de ser L para passar a ser C. Sem querer. Sem te querer. Fazes a ansiedade dominar-me. Gritar por uma resposta, por um e-mail, por uma conversa no messenger. Fazes-me estar sempre alerta. Mas distante. Muito distente de ti.
O mais curioso é que não te amo. Amo sim a tua infelicidade, os teus preconceitos, a tua tristeza e depressão. Adoro o negro em ti. Adoro o que não mostras aos outros. E sei que não o mostras. Porque já te conheço melhor do que achas que conheço.
Estou longe. Muito longe de ti. Mas os pensamentos vagueiam como espíritos numa casa assombrada. E, quer queira, quer não, quando penso em ti, quase que me vêm as lágrimas aos olhos. Porque a tua compreensão me faz falta. A tua timidez e a tua maneira obscura de veres a vida fazem-me pensar. O facto de perguntares se eu gosto das nossas conversas ou se és chato para mim, faz-me acreditar que a amizade tece teias imensuráveis. Fazem-me acreditar que te preocupas comigo e que o meu estado de felicidade te faz sentir feliz também.
Fora isso tudo, fica a banalidade dos corpos suados e gordos a correr para jogar ténis ou dodgeball. Fica a banalidade dos passeios de autocarro em que falámos durante umas quantas horas sobre religião. Ficam para trás as cenas do refeitório e os teus ataques de mau humor.
Porque há flores que significaram muito na minha vida, C.
E depois disto tudo, como é possível não consegur sentir nada mais que uma intensa, imensa amizade?!
Cada vez mais me intrigo comigo mesma.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
O teu lado lunar
Pensada por Fernando d'Almeida no dia 12/03/2007
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 maneiras de ver a coisa:
O eterno dilema... Quando somos ingénuos, inocentes e acreditamos nos mundos dos contos de fadas, acreditamos também que quando aquela pessoa especial surgir, nós saberemos imediatamente, cairemos nos braços um do outro e tudo a partir daí fará mais sentido, fará verdadeiramente sentido. Mas o tempo passa, nós mudamos, e tudo se torna complicado... Ou somos nós que o complicamos? Bem, o que sei é que nos tornamos inseguros, sem nos percebermos, sem nos conhecermos... E tudo o que nos resta é a mesma esperança, lá no fundo, de que tudo acabará por fazer sentido e uma voz-off dirá "E viveram felizes para sempre..."
No "Demanda de Sentido" penso e acredito quando digo que este "Até não é um mau blog".
Por isso, quando tiveres uma oportunidade passa por lá para ires buscar o prémio.
Bjs.
Enviar um comentário