sábado, 24 de maio de 2008

Sonhas a realidade?

Hoje, procurei-te em mim.
Sentia falta de algo, de uma parte do corpo, mas não sabia qual. E não era o coração, pois essa já foi preenchida.
Foi preciso deitar-me na almofada, cheirar o cheiro de dormir, enroscar-me no quente fogoso dos lençóis e sonhar. Não adormeci, sonhei.

E eu era outro ser. Em vez de Loucura, tornei-me Tristeza e Amor. Tornei-me o Arco-Íris de mim. Estava numa estação de combóios, mas lá não haviam combóios. Sentei-me, então, no banco verde descascado, mas ele não aguentou comigo. Partiu-se. Da mesma forma que se partiu a parte do corpo que eu sentira falta. Agora, esperando o combóio, fitava a linha de caminho de ferro. Parecia-me uma estrada infinita, parecia-me o mundo em que eu vivia. Atraía-me misteriosamente. E cada vez me puxava mais para si, aquela linha. E puxava... e eu tentava ceder. Mas ela era mais forte do que eu. Eu não lhe conseguia resistir.
Até que saltei, agarrei-me a ela e chorei. Chorei tanto, que as minhas lágrimas formaram um rio. Formaram o maior rio de sempre. Vinha anunciada nos telejornais e nos jornais.

E o combóio chegou, e passou.
Fiquei eu ali, morta, à espera de acordar da realidade.

1 maneiras de ver a coisa:

(Un)Hapiness disse...

sao momentos que nos fazem questionar se realmente sentimos isso, se nao passa de um sonho...acredito que haja um fundo de realidade nisso, no entanto, não faz de ti o que sonhaste ser...continuas a Loucura de sempre!!:)~

kiss