sexta-feira, 27 de junho de 2008

Adeus

Hoje fui infeliz. Fui todo o dia infeliz.


Parece que me subiu pelos pés e se concentrou toda no coração. O coração apertou como nunca tinha apertado, vi a minha vida passar toda pelas minhas mãos. Tive uma (in?)feliz sensação de controle sobre o Mundo, sobre o que quero fazer. Carreguei um grande fardo às costas e vibrei com as emoções à flor da pele.
Lá ao fundo, bem lá ao fundo, oiço uns choros, uns violinos que gritam por mim, para que eu volte ao normal.
Batem-me muito, mas não é sinal de que não gostem de mim. Simplesmente, têm medo de me perder. Secretamente, também tenho.
Mas tenho um medo ainda maior: o de não ser feliz.

Apeteceu-me gritar por fazer sofrer. Senti que conseguia fazer sofrer. E sofri muito, também.
Eu também sofro, sabem? No silêncio da noite, enroscada à minha almofada a pensar nas emoções do dia. Sofro secretamente.

Cá por dentro, as bolas de sabão, que antes eram perfeitas e grandes, são agora um misto de lixo e de sangue. Apetece-me desenhar o arco-íris.

Hoje fui infeliz.
Fui todo o santo dia, infeliz.

[para quem é infeliz, ou para quem tenta compreender a infelicidade dos outros]

3 maneiras de ver a coisa:

Roberto Medeiros disse...

Não fiques triste pois vais continuar a ter um belo professor de matemática sempre alegre e bem disposto. E o 15 é para melhorar!
Boas férias. Até Setembro.

Cristiana Fonseca disse...

belas palavras, na tristeza tb se produz belas artes. Mas tudo passa.
Beijos,
Cris

Pedaços de Cereja disse...

Amanha, vais voltar a ser feliz. :D

Beijinhos *