E eu desapareci. A névoa engoliu-me. Puxou-me para um lugar mágico, para aquele em que as desilusões há muito que tinham sido extinguidas, há muito que tinham desaparecido. O mais parecido com o céu.
Lá, não havia tempo. As horas eram representadas por mais uma flor que nascia. Os bebés eram sempre bebés e os velhos nunca envelheciam. Fui para lá com 13 anos. Fiquei sempre com 13 anos.
Hoje, ainda tenho.(terei anos ou, simplesmente, coração?) Com a diferença de que fui vomitada por aquele lugar que me fazia bem.
Estou refugiada num lágrima. Estou afogada. Estou afogada em mim. Estou afogada. Em ti.
[Para que todos os afogados não se afoguem de dor. Afoguem-se na dignidade]
6 maneiras de ver a coisa:
A poesia é como esse lugar. Intemporal, inimaginável, especial.
Obrigado (:
Mas que sensibilidade? Apenas filosofia ;D
Tambem adoro filosofia, aliás, consdero me um filósofo até onde posso. Onde não posso, não sou eu (:
Mas prnto, sensibilidade serve :D
(Eu ja tinha reparado :p)
É verdade... afinal escrever ainda serve para alguma coisa :D
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Também me afogo...
Na vida, afogo-me a cada minuto que passa, ao lado de quem passa e afogando-me nas minhas próprias lágrimas que não passam.
São horas e dias longos... arrastados... sofridos... tormentosos... vazios e acima de tudo, solitários.
Não fossem os pensamentos que me invadem e assaltam, em cada um destes eternos dias, e seriam dias de completa solidão.
Abre-se a chaga no peito, cerram-se os olhos e deseja-se... deseja-se apagar este dia e apagar todos os dias e ficar algures, perdido num qualquer dia da infância, num qualquer momento de sorrisos.
Sinto-me perdido na vida. Vida que se arrasta, longa e penosa, vida cansada neste cansaço de vida.
Nos dias e nas horas que se eternizam, desfilam imagens de outros dias, de outras horas mais felizes... as poucas, talvez as únicas... e que me são retiradas...
...e grito mudo, rebelando-me contra este lugar que não devia ser o meu.
... eles mexem aqui e ali, em fios, em botões... olham aqueles monitores e percebem a informação transmitida.
Eu, de coração apertado, sinto pavor daqueles sons, dos números, dos gráficos. Pouco a pouco, vou entendendo aquela linguagem mecânica e luminosa. De olhos pregados naquelas luzinhas, acompanho-me abandonado e entregue à dor, sem um queixume por transportar dentro de mim um inimigo silencioso, mas rebelando-me contra este lugar que não devia ser o seu.
Esta não era a vida tanta vez sonhada, idealizada nos desejos intempestivos da juventude.
Deve haver um equívoco. Esta não é a minha vida.
Alguém a roubou, talvez...
Alguém a trocou, também é possível...
Eu dormia e sonhava e alguém usurpou a vida dourada que devia ter vivido.
Alguém foi um miserável ladrão de sonhos. O nome do ladrão, disseram-me que era o Destino. Que destino? Eu não acredito nesse destino. Para que quereria ele os meus sonhos e a minha vida?
O Sol escureceu e as trevas cobriram a Terra. O dia ficou gélido e eu, eu aqui estou cansado, perdido, sozinho...
Vivo nas trevas amargas dos sonhos desfeitos.
Os meus olhos deviam ter-se fechado, logo após, a primeira luz.
O meu nome?
Levaram-no, meu Amor.
Já não sou !
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Belas tuas palavras, belo espaço
Beijos,
Cris
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