O melro, eu conheci-o:
Era negro, vibrante, luzidio,
Madrugador, jovial:
Logo de manhã cedo
Começava a soltar, d'entre o arvoredo,
Verdadeiras risadas de cristal.
E assim que o padre-cura abria a porta
Que dá para o passal
Repicando umas finas ironias
O melro, d'entre a horta,
Dizia-lhe : ''Bons-dias!''
E o velho padre-cura
Não gostava daquelas cortesias.
(...)
Guerra Junqueiro
sexta-feira, 25 de maio de 2007
O melro
Pensada por Fernando d'Almeida no dia 5/25/2007
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