Gostava de, neste momento, conseguir apagar a minha vida do Mundo.
A paixão que me impede de pensar, bloqueia-me os sentimentos e faz-me feridas, impede-me também de ter coragem para te dizer o que sinto.Talvez um dia, quando crescer, conseguirei superar mais facilmente este género de nostalgia. Tento enganar o meu corpo com trabalho, conversas, fotografias...Só para não pensar nisso.
Às vezes dou por mim a pensar... A pensar em coisas que (acho que) mais ninguém pensa. Abstenho-me de comentar.
Voltarei a mudar, voltarei a sentir uma onda em mim que diz que eu não sou assim. Contrario-me e vou em frente. Como alguém que tem uma carapaça tão dura, que nem se apercebe do que há por baixo. Como alguém que está tão desesperado e o desespero já é normal.
Talvez um dia, olhemos para a amizade que foi desperdiçada em prol do nosso amor e rir-nos-emos. Talvez nunca mais te encontre e, já adulta, encontrar-te-ei numa rua da cidade, muito atarefado na tua pele de engenheiro. E tenho a certeza que nos abraçaremos e talvez eu(sendo mais emotiva) derremarei uma lágrima no teu fato impecável. Ao ver isso, ainda me vais abraçar com mais força. Trocaremos contactos e deixamo-nos levar pela felicidade da vida que nos espera. Tu, como engenheiro. Eu como médica legista.
Os dois a relembrar o nosso primeiro amor.
AHHRR, como sinto a tua falta! Apetece-me fugir daqui, mergulhar no lago da felicidade e nunca mais de lá sair. Apetece-me ser uma sereia e vaguer, sozinha, pelas profundezas dos oceanos da tranquilidade.Apetece-me voltar a ser eu, voltar a existir, voltar à vida e ser feliz! Apetece-me gritar: ''SOU FELIZ, SOU FELIZ, SOU FELIZ!'' e os meus gritos fazerem eco pelo Mundo. Para te provar que eu voltei a ser eu, sem ti.
Que pelo menos tenho orgulho.
Orgulho de poder correr e saltar sem estar atada a um poste.
Orgulho de transpirar alegria, orgulho de ser eu.
Orgulho de mim.
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Compilação de textos (Setembro)
Pensada por Fernando d'Almeida no dia 9/28/2007
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